Sunday, May 13, 2012

Como a Jo me deu as respostas para o telemóvel e não estou à espera de mais resposta nenhuma, vou divulgar e justificar as respostas certas:


1- Já tentei fugir de casa. - Verdade.
Quando tinha 5 anos a minha mãe apanhou-me a meio da noite a descer as escadas de minha casa com uma mochila com Barbies. É a verdade, eu com 5 anos tentei fugir de casa e já tinha as minhas prioridades bem definidas, o que era importante era as Barbies. Depois com 11 ou 12 anos tive durante várias semanas uma mochila com bolachas, cereais, 2 ou 3 livros e uma boneca no fundo do meu armário, embora dessa vez não tenha chegado a tentar fugir.



2- Um dia experimentei fumar 'só para o estilo'. - Mentira.
Nunca fumei, nunca experimentei sequer, e não me parece que algum dia o vá fazer. Há quem jure a pés juntos que me viu fumar na semana académica de há dois anos, mas eu garanto que não o fiz, tinha um cigarro na mão porque o roubei a um amigo que me estava a chatear com o fumo (e o cigarro acabou desfeito no chão. Sim, eu sou dessas pessoas)



3- Já quis ser tradutora de livros. - Verdade.
Sempre adorei línguas e sempre adorei livros. Entrei relativamente cedo para o inglês, e também comecei muito cedo a interessar-me pela leitura, por isso no 6o ou 7o ano já lia livros em inglês (nada de muito extraordinário, mas livros do tipo 'O diário da princesa' e coisas assim). Mais ou menos nessa altura comecei a achar que ia gostar de traduzir livros, de tornar acessíveis às pessoas livros que ainda não estavam disponíveis em português. Claro que essa ideia depois perdeu importância, mas a verdade é que no 11o ano inscrevi-me no exame nacional de inglês, para ir para tradução se não entrasse em medicina. Tive uma boa nota no exame (o que irritou as pessoas do 12o ano de línguas e literaturas, em especial uma rapariga que estava habituada a ter a melhor nota - como eu a percebo!), mas felizmente nunca cheguei a precisar dela.



4- Já comprei um bilhete de avião na sexta-feira para estar com alguém de quem gostava no sábado. - Mentira.
Estive quase, quase a fazê-lo há uns meses, mas não chegou a acontecer por diversas razoes. Talvez um dia.



5- Nunca estive internada no Hospital. - Mentira.
Estive internada duas vezes. Uma vez por uma apendicite, que resultou numa cirurgia e na destruição daquela que teria sido a minha melhor época na natação, e uma vez para esclarecimento de pré-sincopes de repetição (que felizmente resolveram há muito).



6- Já me levantei e saí a meio de uma discussão com uma pessoa muito mais velha do que eu. - Verdade.
Apesar de ter sido um dos, se não o, melhores anos da minha vida, houve um grande período de tempo no 12o ano em que eu andava sob imenso stress. Trabalhava imenso, não sabia se as notas iam chegar para entrar cá, não sabia se conseguia entrar na República Checa, e o meu futuro era basicamente um grande ponto de interrogação. O ano em que concorri ao ensino superior foi o 2o ano em que a Educação Física entrava no calculo da média. A educação física baixava-me significativamente a média (acabei com 15, acho eu). Para relaxar um bocadinho a minha mãe disse que era boa ideia eu ir passar o fim-de-semana com os meus tios, passear na praia, estar com a minha afilhada, esse tipo de coisas. O meu tio convidou também a irmã e o cunhado, sendo que ele era professor de educação física. No final de um dos jantares ele puxou o assunto da educação física contar para a média, eu dei os meus argumentos, falei dos dados que eu conhecia, e ele só me dizia 'A educação física é tão importante como matemática ou biologia, ninguém vai ser bom médico se não tiver boa nota a educação física.'. Quando ouvi isto pela terceira vez, levantei-me e fui para a cozinha lavar a loiça. (E digamos que desde então não simpatizamos muito um com o outro)



7- Tenho o livro "O Principezinho" em mais do que uma língua. - Verdade.
É um dos meus livros favoritos. Não sei precisar quantas vezes já o li, mas foram para lá de muitas. No ultimo verão li-o mesmo antes de ir à Holanda, e decidi que ia começar a comprar o livro na língua de cada pais que visitasse. Tenho-o em português, holandês e francês, este último oferecido pelos meus pais da última vez que estiveram em França
.



E pronto, está respondido. Foi engraçado ver as vossas respostas e ter uma ideia da pessoa que eu pareço ser através do blog. Se as respostas suscitarem alguma duvida, façam o favor de a pôr nos comentários.

8 comments:

  1. Eu tinha uma convicção que a 4 era verdade, porque lembrei-me que no dia de aniversário, caso estivessem ainda juntos, tinhas feito 1000 km para ir ter com ele.
    Não achava que querias ser tradutora porque o pessoal de ciências, não está muito virado para ai.
    Achava que nunca tinhas sido internada, porque achei que era um contra-censo interessante, tu estares a estudar medicina e nunca teres estado internada.
    Olha quanto ao fumar somos dois, se pus um cigarro aceso na boca foi só uma dezena de segundos. Para além de não achar piada, até ao 9 ano tive grandes ataques de asma.
    O princepezinho não é um livro para crianças é um livro para todas as idades, é bom o lermos de vez em quando para alimentar o que existe de mais puro em nós.
    Só não entendi o que andava na tua cabeça pelos 11 e 12 anos para quereres sair de casa?
    Consegues ler holandês ?
    Então e como é que achas que as pessoas te vêem?
    Eu gostei muito deste desafio, acho que fiquei a conhecer-te melhor depois dele.

    Um abraço

    Pedro Ferreira.

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    1. Se queres que te diga, não faço ideia do que se passava na minha cabeça para querer fugir de casa... Acho que foi mesmo só uma adolescência precoce..

      Não consigo ler holandês, não. E mesmo o francês ainda não lhe peguei do início ao fim... A piada é mesmo essa :)

      Pelos vistos vêem-me como alguém que nunca tentou fugir de casa e nunca fumou, mas que é capaz de apanhar um avião só por saudades, por isso suponho que me vejam como 'atinadinha' mas ligeiramente impulsiva. E aparentemente como alguém saudável, que só gosta das áreas das ciências mas que gosta de 'O Principezinho'. Pelas vossas respostas é mais ou menos isso. (Tirando as da Jo, mas ela conhece-me a sério)

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  2. Logo no início, quando me refiro a ele e ao aniversário refiro-me ao teu antigo namorado. É que ao referir-me a ele assim de uma forma vaga pode gerar confusão.

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    1. Eu percebi a quem te referias.. Mas ele não é meu ex-namorado. :)

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    2. Parece que foi um bocado ao lado.

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    3. Ahah, nada de grave ;)

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  3. Só para dizer que sou espectacular:)

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