Tuesday, April 3, 2012

A vida do meu irmão está num ponto de viragem. Depois de dois anos a viver longe da namorada, surgiu a oportunidade de se mudarem. Candidataram-se a vários programas de doutoramento, uns cá, outros fora, e as respostas vão chegando aos poucos. Embora tenham concorrido às mesmas universidades, têm sido poucas aquelas em que têm conseguido receber duas respostas positivas, e quando as recebem é geralmente em universidades de segunda escolha.
Não consigo imaginar o que é ter de optar entre uma oportunidade menos boa com alguém ao nosso lado ou a oportunidade dos nossos sonhos sem ninguém. E quanto mais penso nisso, mais me vem à cabeça que daqui a dois anos tenho uma decisão importante para tomar, e daqui a três a decisão que vai condicionar toda a minha vida. E assim de repente quase que agradeço por estar sozinha e não ter de pensar nessas coisas.

4 comments:

  1. Se me acontecesse algo semelhante, de certeza que escolheria a opção em que a mulher que eu escolhi para amar estaria incluída.

    Um abraço

    Pedro Ferreira.

    ReplyDelete
    Replies
    1. Ainda bem que tens as tuas prioridades tão bem definidas, também gostava de ser assim. Talvez seja por ainda não ter maturidade suficiente, ou por ainda não ter encontrado alguém que me faça definir assim as prioridades, mas a verdade é que não gostaria mesmo nada de estar nesta situação. Ou então sou assim e pronto. Acho que o tempo o dirá.

      Inês

      Delete
  2. Eu também não encontrei ninguém que me faça definir assim as prioridades, mas conheço-me e sei como valorizo as pessoas e as relações humanas. E sei que ao desistir da mulher que eu amo, estaria a desistir de um sonho conjunto e em particular de dos meus maiores sonhos. E sei que isso teria impacto no sonho profissional que iria abraçar.

    ReplyDelete
    Replies
    1. Percebo o que queres dizer, e ate concordo. Não me conheces pessoalmente, mas se conhecesses saberias que um dos meus objectivos de vida passa por ter filhos e constituir família. A questão é que para mim é mais fácil ter a certeza do que quero fazer para o resto da vida em termos profissionais do que ter a certeza que 'aquela' pessoa é a pessoa com quem eu vou ficar para o resto da vida. E tendo os objectivos profissionais tão definidos não deve ser nada fácil acordar um dia, estar sozinho e perceber que se abdicou em vão de algo que se tinha a certeza que se queria por alguém que se julgava ser para sempre e afinal nem era. Não sei se me estou a expressar bem...

      Delete