Thursday, April 18, 2013

Lembro-me do dia em que o meu irmão a recebeu. Uma amostra de cão, um monte pequenino de pêlo, que nem ladrar sabia. Cresceu connosco. Pregou-nos alguns sustos, um dos quais grande o suficiente para telefonarmos de urgência à veterinária a meio da noite e ela nos dizer para nos despedirmos antes de a levar para o bloco operatório. Salvou-a. Desde então de vez em quando contavamos a idade dela em 'anos que enganou a morte'. E foram muitos. Foi uma cadela perfeita, uma grande amiga de todos lá em casa. Só alguém que tenha um cão assim sabe a dor que sinto hoje. Foram 15 anos, o que corresponde a quase toda a vida de que me recordo.


(É nestas alturas que eu gostava de acreditar num céu para onde as pessoas e os cães vão depois de morrer, e onde são felizes para sempre)

2 comments:

  1. Lamento Inês, independentemente de haver ou não lugar para as pessoas ou animais, as nossas lembranças fazem com que pessoas e animais continuem a viver dentro de nós.

    Um abraço apertado

    Pedro Ferreira

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  2. :/ espero que esteja mesmo num céu de cães. Se existir, pelo que contas, ela merece-o.
    Beijinhos

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